Controle das ervas daninhas (inços):
Fazem parte das tarefas de jardinagem o seu controle. O jardineiro pode passar muitas horas extraindo as espécies invasoras. Algumas destas plantas não desejáveis no jardim têm grande capacidade de competição, oriunda da seleção natural onde somente as mudas mais resistentes sobrevivem. No jardim não devemos então permitir que floresçam e frutifiquem ervas daninhas. Dentro de canteiros e vasos soltar um pouco o solo do vaso e arrancar a muda, descartando na composteira. No gramado precisamos cuidar da extração das plantas diferentes da grama. Devem ser retiradas até a raiz ou bulbo antes do corte da grama, porque depois de tudo aparado não é possível visualizar facilmente o que é grama e o que é matinho. Para isto é preciso paciência e determinação.
Para as ervas daninhas – evite herbicidas:
Muitos jardineiros já vão logo querendo a aplicação de herbicidas. Devemos lembrar que o nicho ambiental representado pelo jardim é um mini-ecossistema onde vivem plantas, pequenos animais e insetos, seres vivos que ali estão por alguma razão. Herbicida aplicado num espaço gramado não fica somente restrito na grama. É um elemento volátil, venenoso e com poder de dizimar plantas diferentes das gramíneas. É frequente o arrependimento de quem fez a aplicação, constatando que as mudas dos canteiros próximos secaram e morreram também junto com os inços.
A melhor forma de eliminar ervas daninhas (inços) do jardim:
Novamente recomendamos, como já havíamos feito em artigo anterior, que o melhor meio de eliminar inços num gramado é uma almofada confortável para sentar, uma faquinha velha nas mãos e um mp3 com fone nos ouvidos com uma música agradável.
Plantas com estolões (rizomas ou “batatinha”) são de mais difíceis de retirar. Muitas são gramíneas forrageiras, isto é, são semeadas em pastagens para alimento do gado.
Suas sementes poderão ser levadas pelo vento e contaminar áreas de produção de leivas para o gramado. Ao retirar leivas (torrões com grama) de campos abertos não cultivados, conhecida como grama-de-campo, propiciamos a disseminação de espécies não cultivadas e realizamos uma extração predatória, prática condenável do ponto de vista ambiental. Os espaços abertos na terra nua levarão longo tempo para receberam nova capa de vegetação. Também ao “limpar” um terreno de plantas ruderais e deixar o solo exposto este acabará por ser ocupado por plantas. Algumas poderão ser rebrote, outra germinação de sementes do mesmo local ou então sementes trazidas pelo vento. Ali sem a competição de luz, solo e água com outras espécies se estabelecerão vigorosamente.
Outra fonte de inços é a terra preta que compramos:
Outro fator de disseminação de inços é a conhecida terra preta, muitas vezes confundida com terra compostada ou composto orgânico. Este é produto da composteira e nela poderemos colocar inços. O processo de decomposição eleva a temperatura e com isto elimina qualquer possibilidade de sobrevivência de bulbos e entrenós dos inços. A terra preta é extraída da camada superficial de solos orgânicos e nela estão sementes e pequenas mudas com capacidade de germinação de bulbos e sementes. Para evitar isto, não se usa mais terra preta para o famoso banho de terra no gramado no início da primavera e sim areia de construção.
Serve para preencher espaços do gramado com buracos, ajuda a aerar o solo e não proliferam inços.
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